O que é o enoturismo
O turismo possui cada vez mais nichos para atender a todo o tipo de viajante. O enoturismo surge a partir do crescimento de apreciadores de vinho e da vontade de provar diferentes tipos, marcas e rótulos.
Também permite que o visitante conheça as plantações de uva, aprenda sobre a forma como o vinho é produzido e, muitas vezes, descubra a história de famílias, já que vinícolas são frequentemente e em escala mundial um negócio familiar. Em algumas das rotas para amantes do vinho, o turista pode até mesmo colocar as mãos na massa, ou melhor, os pés nas uvas, e ajudar na produção!
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Normalmente, a ideia é hospedar-se em pousadas próximas às plantações, fugindo das grandes cadeias de hotéis e do luxo das cidades maiores. No entanto, isso não significa abdicar do conforto, já que as acomodações nessas regiões estão percebendo o mercado promissor e se desenvolvendo cada vez mais. Nesses locais também é possível provar a gastronomia local, passear a cavalo e desvendar possíveis belezas naturais próximas.
O enoturismo pelo mundo
Entre os grandes destinos do enoturismo internacional estão Bordeaux, na França, o Alentejo e o Porto, em Portugal, e a Lombardia e o Veneto, no norte da Itália. Também merecem destaque as vinícolas na costa oeste dos Estados Unidos, assim como as da região de Margaret River, na Austrália, e a de Franschhoek, na África do Sul.
No entanto, não é preciso ir longe para descobrir esse interessante tipo de turismo: o Brasil reserva três principais regiões de vinícolas e plantações cada vez mais preparadas para receber visitantes.
E não subestime a indústria nacional, pois representantes brasileiros frequentemente aparecem nos rankings dos melhores rótulos do mundo. Na lista mundial de 2017 da World Ranking of Wines & Spirits, por exemplo, o espumante Casa Perini Moscatel, da adega Casa Perini (RS), está ranqueado em quarto lugar.
Produção vitivinícola no Brasil
Segundo dados da Vinhos do Brasil, instituição gaúcha que visa levantar informações e dados sobre a cultura vitivinícola no país, o território nacional possui hoje cerca de 10.000 hectares de plantações voltadas para a produção de vinho. São mais de mil vinícolas espalhadas por seis principais áreas, e o Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 85% da indústria nacional.
A tradição de produzir bebidas alcoólicas a partir da uva chegou ao Brasil junto com os Portugueses e passou por um período de proibição, no século 16, por parte da Família Real que temia a concorrência com a produção lusitana. Foi com os imigrantes italianos e alemães que o cultivo realmente se desenvolveu a ponto de, hoje, a indústria vitivinícola brasileira ser a quinta maior do Hemisfério Sul.
Vinícolas no sul do Brasil
Devido a maior produção, é no sul do país que o enoturismo tem seu maior polo. No Rio Grande do Sul, há três áreas vitivinícolas: os Campos de Cima da Serra (na fronteira com Santa Catarina), a Campanha (próxima ao Uruguai) e, principalmente, o Vale dos Vinhedos (em Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul). Já Santa Catarina concentra a indústria no Planalto Catarinense (entre São Joaquim, Bom Retiro e Lages).
Vale dos Vinhedos
O Vale dos Vinhedos é a região mais procurada para o enoturismo, não só por concentrar grande parte da produção brasileira, mas também por estar localizada na Serra Gaúcha, um dos principais destinos do turismo nacional, e por apresentar, no inverno, baixas temperaturas. A maior cidade do Vale, Bento Gonçalves, tem ares românticos que a fazem um dos destinos na América do Sul que parecem a Europa.
Na maioria das vinícolas, as visitas guiadas precisam ser marcadas com antecedência, custam a partir de 30 reais por pessoa, duram um pouco mais de 1h e incluem a degustação de uma a três provas de vinho. A região também proporciona eventos temáticos como a Vindima, em Bento Gonçalves durante o verão, e a Fenachamp, em Garibaldi, em outubro.
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Entre as principais vinícolas do Vale que recebem turistas estão: Aurora, Casa Valduga, Chandon, Garibaldi e Salton. Já uma das mais famosas, a Casa Perini, está em Farroupilha, cidade nas proximidades, mas que não faz parte do Vale dos Vinhedos. Cada qual tem a sua programação para Vindima e outros festivais, basta acessar os sites oficiais.
Planalto Catarinense
O Planalto Catarinense é a região produtora de vinho mais alta do Brasil, com pontos que alcançam os 1.400 m acima do nível do mar – características que possibilitam a produção de uvas europeias e vinhos mais finos.
Assim, as vinícolas do Planalto se destacam, não pela quantidade, mas pela qualidade. Próximo dali também é possível conhecer Urubici, vilarejo onde quase sempre cai neve e está entre os destinos incríveis e pouco conhecidos no Brasil.
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Algumas das melhores vinícolas para visitar na área: Pericó, Villa Francioni, Quinta da Neve e Villagio Bassetti, sendo a penúltima a mais antiga de São Joaquim.
Vinícolas no sudeste do Brasil
O sudeste do Brasil oferece um turismo multifacetado que não poderia deixar o enoturismo de fora. As duas principais regiões com vinícolas estão no interior de São Paulo e no sul de Minas Gerais.
Interior de São Paulo
O interior do estado de São Paulo guarda o cada vez mais desbravado Roteiro do Vinho, rota de cerca de 10 km no município de São Roque. Além das vinícolas, a região se destaca pelas charmosas pousadas e pelos diversos restaurantes de comida típica sempre acompanhada de longas cartas de vinho.
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Um local que recebe muitos turistas é a Quinta do Olivardo, uma união de adega, comida e doces portugueses e atividades ao ar livre, como tirolesa e escalada.
Algumas das principais vinícolas: Goés, Bella Aurora e Canguera.
Sul de Minas Gerais
O estado como um todo é conhecido pelo seu café e pela sua aguardente, mas o sul de Minas Gerais reserva uma produção vitivinícola muito interessante. As duas principais cidades para o enoturismo são Andradas e Poços de Caldas, porém as pequenas Cordislândia, Três Corações e Boa esperança (essa a mais próxima de Belo Horizonte, a 280 km) também merecem menção.
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Algumas das maiores produtoras locais: Casa Geraldo, Primeira Estrada, fazenda experimental da EPAMIG e Maria Maria. Essa última homenageia em seu nome a música homônima de Milton Nascimento, cantor que nasceu em Três Pontas, cidade das proximidades.
Vinícolas no Nordeste do Brasil
Acredite, o Nordeste brasileiro é tão multifacetado que desafia os padrões geográficos e climáticos e apresenta produção de vinho. O que possibilita o plantio das uvas é a diversidade do Vale do São Francisco: combinando o sol intenso com um sistema de irrigação, se produz uvas de alta qualidade o ano inteiro. Características parecidas são encontradas no Alentejo, região de Portugal mundialmente famosa pelos seus rótulos.
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As vinícolas se distribuem em Pernambuco (nas cidades de Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande) e na Bahia (principalmente em Casa Nova) e estão próximas à Petrolina (PE), cidade que possui aeroporto. Agências oferecem passeios de barco para conhecer as vinícolas e, comumente, integram Juazeiro e a Barragem do Sobradinho no roteiro.
Vinícolas de destaque: Rio Sol, Garziera, Botticelli, Fazenda Milano, e a plantação nordestina da gaúcha Miolo.